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Administrador da Fundação Hospitalar São Francisco comenta atual situação do hospital em Machadinho

Data: 22/07/2015

A Fundação Hospitalar São Francisco é administrada por Ademir Eloi Reginato que comenta sobre a situação em que se encontra a instituição no Machadinho.

Ademir é nomeado pela justiça e administração municipal, já que em 2010, o então conselho deliberativo se demitiu, entregando a fundação à administração municipal que por sua vez solicitou a justiça o encerramento da fundação. “Os administradores da época, solicitaram via judicial, o processo de encerramento da fundação”, diz Ademir. A atual administração de Alaor Cesar Maschio e Silvino Luiz Menon “achou por bem não levar a frente o processo de encerramento e buscar uma alternativa para que o hospital continue e a fundação continue prestando os trabalhos que sempre prestou para o município de Machadinho”, declara Ademir.

 A maior dificuldade é a obtenção do alvará de funcionamento para o hospital que não é renovado por problemas estruturais do prédio onde está instalado. “Se a comunidade de Machadinho, se a administração municipal quiser a permanência do hospital em Machadinho, terá que construir um prédio novo, caso contrário nós não teremos condições de dar continuidade sem o alvará da Vigilância Sanitária”, afirma Ademir. A reforma do prédio do hospital seria mais cara do que a construção de um novo.

De acordo com Ademir, a situação da saúde no país, encontra-se como está “apenas por desmandos políticos, eles estão criando regras que os pequenos municípios não conseguem se adequar, querem regionalizar a saúde com hospitais regionais, aí enchem estes hospitais regionais, formam filas de ambulâncias para todos os lados, todos os dias, aonde acumula os centros maiores. Não tem como tocar uma saúde nesta situação”, comenta.

“Eu penso na ordem contrária, o inverso seria o necessário para que todos os atendimentos de baixa complexidade, todas as doenças que não requeiram um tratamento especializado fossem atendidos nos pequenos municípios e não carrear todo esse povo para Sananduva, Passo Fundo, Erechim e Porto Alegre. É claro que lá vai dar problemas, eles estão saturados”, enfatiza Ademir.

                Atualmente a maior e basicamente única receita da fundação é o repasse de recursos da administração municipal.  “Nós não temos outra receita a não ser a subvenção do município”, destaca Ademir que presta seu trabalho de forma voluntária. “Eu não ganho nada, estou trabalhando por amor à camisa e por uma vontade de que isto (hospital) não feche, que seja construído um hospital novo, moderno, pequeno, mas nas condições em que nós pudéssemos dizer: ‘Nós temos um pequeno hospital funcionando em Machadinho com recursos da comunidade’” , conclui.

FONTE: FOLHA DA CLUB


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